sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rap e Repente

Musicando

Os versos repentinos
encima das dedilhadas de um "Severino"
ou a batida marcada
e a rima espontânea de um menino,
levam ao povo
sua própria vida.
Em trocadilhos
ou palavras despidas,
as saudades e a sagacidade
de um lavrador nordestino
ou a árdua realidade
e os desejos
de um suburbano office-boy paulistano.
Nas tristezas e alegrias
da súbita poesia,
fundem-se o velho e o novo,
entremeam-se paisagens e pensamentos.
No alto, um céu cinzento.
E um luar sertanejo
lhes desce sereno aos corações.
Dos lados, os edifícios imponentes.
Enquanto a favela
lhes atinge com contundência as mentes.
A devolução de suas procedências
por um trabalhador de lá
ou por um moleque daqui.
O amor e a dor,
dos sertões às vielas.
Suas inspirações e aspirações
de "repente" aos raps por aí.

Jefferson Lara do Nascimento

"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. 
Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles." Salmos 126:1,2

3 comentários:

  1. Travou a minha língua ao terminar de ler lkkkkkkkkkk brincadeira
    Muito bom, escreva mais. Não pare! :) Jesus te abençoe!!!!

    ResponderExcluir